sábado, 27 de novembro de 2010

Manuela Ferreira Leite junte-se ao nosso clube

Via Espectador Interessado, tomei nota da coluna de Manuela Ferreira Leite no Expresso deste fim-de-semana, com destaque de primeira página, no Caderno de Economia. É a personalidade mais importante a juntar-se ao clube daqueles que equacionam a validade dos investimentos nas energias renováveis. Curiosamente, os leitores mais habituais sabem que as perguntas colocadas pela Manuela já tiveram resposta aqui no blog. Era mais um email que enviava, se o soubesse...

Depois da petição da DECO, o elefante anda à solta dentro da loja de porcelanas! Nada vai ser como dantes... Aproveitem para comprar o jornal, ou desde já prever o artigo:

A recente questão levantada pela Deco sobre as componentes reais que integram a fatura de eletricidade teve o mérito de chamar a atenção para que apenas uma parcela do que pagamos corresponde ao efetivo consumo de energia que podemos controlar.
Tudo o resto, bastante significativo, é constituído por diversas taxas e rendas fixadas maioritariamente pelo poder político e só uma ínfima parte da responsabilidade da entidade reguladora.
Uma dessas parcelas, resulta de apoio do Estado ao sector das energias renováveis e cogeração, o que, por uma questão de transparência, exige resposta a várias perguntas.
Quantas dessas empresas produtoras de eletricidade vivem à custa dos subsídios estatais à produção de energia?
Quantas e quais empresas obtêm lucros com a venda da eletricidade que produzem à EDP, o que significa que investem sem qualquer risco?
Quanto é que estamos a pagar através de impostos encapotados na nossa fatura de eletricidade?
Durante quanto tempo vai durar este encargo e qual a sua evolução previsível?
Estaremos a criar outra espécie de SCUT?
Estas questões sempre deviam ter sido claras, mas são especialmente pertinentes numa altura em que os cidadãos mal conseguem planear o seu dia a dia, com os dados que
conhecem, quanto mais com o que os apanha de surpresa.
Transparência e respeito pelos portugueses exige-se!